MAMIFEROS
Formam o grupo mais evoluído e mais conhecido
dos cordados. Nesta classe incluem-se as toupeiras, morcegos, roedores,
gatos, macacos, baleias, cavalos, veados e muitos outros, o próprio homem entre
eles. Todos (com raras exceções) apresentam o corpo coberto de pêlos e têm
temperatura interna constante.
Os cuidados com a prole são os mais
desenvolvidos do reino animal e atingem o seu clímax com a espécie humana. São,
ainda, extremamente adaptáveis, modificando o seu comportamento de acordo com
as condições do meio. Alguns grupos, principalmente primatas, formam sociedades
muito complexas.
Acredita-se que os primeiros mamíferos
surgiram no período Jurássico, entre 176 e 161 milhões de anos atrás,
durante o reinado dos Dinossauros. Novas evidências científicas, entretanto,
sugerem que os precursores dos mamíferos podem ter surgido há pelo menos 208
milhões de anos, durante o período Triássico Superior.
Diversidade:
Os mamíferos apresentam um número
relativamente pequeno de espécies se comparado com
as aves (9 600) ou com os peixes (35 000), e até
insignificante se comparado com os moluscos (100 000) e
os crustáceos e insetos (10 000 000). Seus
números estão mais próximos aos répteis (6 000) e
aos anfíbios (5 200). Entretanto, na diversidade corpórea, tipos
locomotores, adaptação ao habitat, ou estratégias alimentares, os mamíferos
excedem todas as demais classes.
O tamanho corpóreo dos mamíferos é altamente
variável, sendo seus extremos a baleia-azul (Balaenoptera musculus) com 30 metros de comprimento e chegando a pesar
190 toneladas, o maior mamífero já existente; o elefante africano (Loxodonta africana) com 3,5 metros de altura (até os ombros) e 6,6
toneladas, o maior mamífero terrestre atual; e o musaranho-pigmeu (Suncus etruscus) e o morcego-nariz-de-porco-de-kitti (Craseonycteris
thonglongyai) com cerca de 3-4
centímetros de comprimento e até 2 gramas de peso, os menores mamíferos até
hoje descobertos.
Origem e evolução
Os primeiros mamíferos, ou mamaliformes como são tipicamente
conhecidos, apareceram no período Triássico. Durante todo o restante da era
Mesozoica, estes primitivos mamíferos, conhecidos em sua maioria por poucos
esqueletos e de considerável número de crânios, mandíbulas e dentes, foram
animais de tamanho diminuto e ecologicamente insignificantes. Entretanto, sua
contribuição foi especialmente importante para a evolução, pois foi durante o
final do Jurássico e início do Cretáceo que estes animais estabeleceram as
características básicas mamíferas que levaram a uma tremenda variedade de
formas que viveram durante a era Cenozoica.
Houve dois grandes períodos de diversificação dos mamíferos
durante a era Mesozoica. O primeiro, englobando o final do Triássico e o
Jurássico e estendendo-se pelo Cretáceo Inferior, produziu formas de transição
do estágio reptiliano para o mamífero, conhecidas como mamaliformes, que em sua
maioria, não sobreviveu além da era Mesozoica. A segunda radiação, a qual
ocorreu no Cretáceo Médio, foi composta de mamíferos mais derivados, ou seja os
verdadeiros mamíferos, incluindo os primeiros térios
Assim,
Os mamíferos são os atuais
descendentes dos sinapsídeos, o primeiro grupo bem estabelecido de amniotas que
surgiu no Carbonífero Superior. Os sinapsídeos apresentavam várias
características mamíferas, notadamente a existência de uma única fossa temporal
de cada lado do crânio e a diferenciação de dentes molares, mas no essencial, a
sua anatomia manteve-se tipicamente reptiliana, com membros transversais,
coanas e uma pequena cavidade neurocraniana.
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